domingo, 18 de agosto de 2013

Capítulo 5 - Give Yourself A Reason

Chapter Five



Despertei com os raios de sol sobre meu rosto. Abri um olho de cada vez, para me acostumar com a claridade. Olhei as horas e vi que eram apenas 7:45 am. Levantei e lentamente fui para o banheiro e ouvi meu celular tocar.


- Alô? -com a voz rouca de sono-
- Bom dia Mai! É o Poncho, tudo bem? -disse ele numa voz animada e ao mesmo tempo ofegante.
- Oi Poncho -pisquei algumas vezes, o sono ainda estava forte demais- Tudo sim e você?
- Tudo ótimo, estou dando umas corridinhas pelo parque central aqui. Quer que eu passe aí para te pegar?
- Pegar? -indaguei eu, confusa, havíamos combinado algo ?-
- É. Nossa, desculpa, te acordei? Estou me sentindo um stalker agora. É que ontem você falou meio por alto sobre... –eu ri o interrompendo.
- Não, imagina. –  eu disse, lembrando da conversa. Pode passar aqui sim. Estarei pronta.
- Ok então, até mais -e desligou-

Me levantei para procurar uma roupa esportiva. Não tinha trazido muitas, aliás, lá eu mal tinha tempo para mim mesma. Achei uma calça confortável e um top. Eu estava em boa forma, mas perder uns quilinhos nunca é demais. Desci correndo pelas escadas e encontrei Joshua jogado no sofá de bruços. Estava sem camisa. Eu me pergunto onde será que ele deixou. Balancei a cabeça, rindo um pouco e fui para a cozinha pegar alguma fruta. Vi minha mãe preparando uns bolinhos de chuva, ao me olhar, ela deu um sorriso simpático.


- Bom dia filha, quer um pouco de massa? -ela estendeu a mão com um pouco de massa de bolo. Ela sabia que eu amava.
- Não obrigada -eu sorri de volta-
- Quando você era pequena adorava, vinha sempre me roubar massa né? Se lembra?

- Sim ..onde estão as frutas, mãe? -mudei de assunto, não gostava de falar do passado.
- Estão na fruteira ali fora. Onde vai tão cedo?-apontou ela para a janela da cozinha. Eu fui até o local, peguei uma maçã, voltei e me sentei ao lado dela.
- Vou correr -respondi antes de dar uma mordida grande na maçã-
- Mas não precisa, está magra, querida!
- Mãe, há sempre umas gordurinhas a queimar -a campainha tocou- Eu atendo!

                Levantei em direção à porta. Ao abrir, dei de cara com Alfonso escorado no batente da porta com um dos braços acima da cabeça, suado, olhando o chão. Ele levantou a cabeça lentamente e deu um sorriso cintilante. Visão dos deuses. Eu sorri de volta e o convidei para entrar.

- Não ligue para ele -apontei para o Joshua jogado na sala- Quem sabe, algum dia ele acorda -nós rimos e o trouxe para cozinha- Mãe ,esse é o Alfonso, Poncho essa é minha mãe 
- Não pensei que me apresentaria a sua mãe tão cedo, Mai -ele riu, zoando-
- Não se preocupe, não sou nenhuma megera! Sempre adorei os amigos da Mai -ela riu também-
- Vamos Poncho, quero correr! -eu exclamei, entusiasmada-
- Quem vê pensa que precisa -minha mãe disse ,enquanto eu arrastava Poncho pra fora de casa-

              Caminhamos até o Parque Central. Ele foi me contando sobre sua faculdade e quão difícil foi para ele conseguir chegar até hoje onde está. Ele estava com um short desses de jogador de futebol, e uma camiseta regata, branca. Seus músculos saltavam de dentro dela e eu me perguntei se ele passava horas na academia. Ao chegar no Parque, ele encontrou uma boa trilha para fazermos e me puxou para lá. Começamos a correr. Primeiro era mais um trote, depois fomos aumentando o ritmo, em base de apostas. Não valiam nada, apenas eram um estímulo para correr mais e mais. Eu fui quem parou primeiro. Havia uma subida que eu não conseguia mais. Eu parei, escorei em uma arvore, ofegante. Ele voltou e pegou uma garrafinha, que estava presa em seu short em um cinto super prático. 

- Tome, vai ajudar -ele me estendeu a garrafinha e sem demora e charme eu a peguei e tomei alguns goles- 
- Obrigada -foi a primeira coisa que eu disse- 
- Que isso, você está em forma, Mai, só precisa de mais umas corridinhas frequentes- eu sorri- Quer descansar? -eu assenti- 


            Foi tão rápido seu movimento que mordi os lábios para reprimir um suspiro de prazer quando o vi tirar sua regata, agora suada e a pôs no chão para que eu me sentasse. Cadê vida depois de ver aquele abdômen zero gordura, cem por cento músculo? Ele me olhou, notando que eu estava meio perdida no seu corpo definido.


- Assim você não suja sua roupa nesse mato -ele disse simplesmente, sorrindo depois do momento de silêncio.

            Eu o olhei incrédula, mas mesmo assim eu sentei, eu estava realmente cansada. Cruzei as pernas, como as de índio e fiquei o olhando ao meu lado.

- Então, dormiu bem? -essa era a pergunta que eu não queria responder-
- Er..sim, custou um pouco, mas logo dormi feito pedra. 
- Ah ,então te acordei? -ele perguntou, com um tom de culpa- 
- Não! -exclamei- Imagina, eu já tinha acordado, estava indo me trocar para o café -eu sorri-
- Ok ..Já comeu então?
- Não ainda, mas não se preocupe ,estou bem -eu não parecia certa de minhas palavras-
- Fazer exercícios físicos sem comer é um perigo Mai, nunca lhe disseram?
- Sim -eu disse, envergonhada, ele riu e se levantou-
- Venha, vou te levar para tomar o melhor café-da-manhã de todo o mundo! -ele estendeu a mão para que eu levantasse-
- Onde é? –eu franzi as sobrancelhas, curiosa- 
- Aqui perto, acha que pode andar? -ele pegou sua camiseta, agora suja de barro e com algumas folhas nela- 
- Posso sim.

            Eu fui caminhando de volta pelo caminha que havíamos feito e ele veio logo atrás. Embolou sua camisa e a pôs em seu cinto prático e discreto.
Chegamos a um café perto da trilha, um ambiente agradável, tinha poucas pessoas, provavelmente havia acabado de abrir. Sentamos próximo à janela, onde observamos o movimento dos carros na avenida. Quando dei por mim, vi o banquete a minha frente. Havia tudo o que imaginei um dia comer e mais. Havia pães, laticínios, sucos, frios ..uma infinidade de coisas gostosas. Fiquei sem palavras. Alfonso, já com a camisa suja no corpo, me olhava sorrindo.

- Quando foi que eu voltei da guerra? - indaguei ao perceber o banquete à minha frente. 
- Pensei que fosse daquelas que comem apenas uma fruta e quis fazer algo diferente. Fiz mal? -ele arqueou a sobrancelha-
- Não, de jeito nenhum, eu entendi a intenção, só digo que você vai se arrepender, porque vou comer tudo!  -fiz uma careta e ele riu.
- Ótimo! Adoro quem me surpreende

Comemos quase tudo, foi legal ter comido coisas que há tempo não havia tempo de comer, como polenguinho de morango. Me fez lembrar subitamente de Stephen, ele tinha o costume de me trazer todos os dias de manhã, no colégio, um polenguinho de morango, dizia que eu ficava mais doce. Eu sorri ao me lembrar disso, e fechei os olhos. Um vento gostoso atingiu meu rosto com suavidade, quase como um carinho. Com o sabor de morango nos meus lábios lembrei de um dia frio da manhã no colégio, antes das aulas começarem. 

- Mai! -exclamou Stephen- 
- Baby love! -eu pulei em seus braços- Bom dia
- Bom dia pequeninha -ele me deu um beijo fugaz e sorrindo pegou algo em seu bolso- Pra você minha linda! -ele me entregou o polenguinho, um sorriso se formou em meu rosto- 
- Obrigada Stev! -lhe dei um selinho e comecei a comer logo- hummmm ..uma delícia, cada dia melhor! 
- Amor, é industrializado, tem tudo o mesmo gosto -ele mexia em meus cabelos- 
- Não para mim -dei de ombros-
- Tem razão, não para você -ele riu e me roubou um selinho demorado e intenso- gostinho de morango de manhã...-ele olhou para cima, pensativo- melhor impossível . -ele abriu um sorriso largo, o melhor dele- 
- Te amo -ainda mastigando os últimos pedacinhos- 
- Eu também ,-ele me abraçou forte- Eu também.
__.__.__.__.__.__.__.__.__

- Stephen Amell, aceita Maite Perroni Beorlegui como sua legitima esposa, prometendo amá-la ,respeitá-la ,na saúde e na doença ,na tristeza e na alegria ,até seu ultimo suspiro de vida? 
- ....
- Amor -eu o olhei sorrindo, ansiosa- responde baby love! -sussurrando-

Ele me olhou inexpressivo. Tocou em minha face e se virou para o padre. 

- Não.

A igreja se tornou um rebuliço, uma sequência de "Oh's" quase me ensurdeceram.

- Nã-não? -eu gaguejei, meus olhos se enchiam de lágrimas e minha vista ficou embaçada- 
- Não -ele repetiu- Não estou preparado, me desculpe -ele se virou e saiu caminhando pelo corredor da igreja. Ninguém se mexeu, o deixou sair silenciosamente. Então desabei e não vi mais nada. 


- Mai?! Maite! -exclamou Alfonso. Eu me assustei e olhei pra ele, estava com os olhos preocupados- 

- Está tudo bem? -ele tocou meu ombro- 
- Sim. Sim -eu estiquei meus labios em um sorriso- está -soltei o polenguinho e peguei uma fruta- Esse mamão está divino -continuei a fingir o sorriso, tentei mudar de assunto- 
- Posso lhe fazer uma pergunta? 
- Pode ,claro -mexi meus ombros, fingindo indiferença. Mordi um pedaço de maçã- 
- Em que estava pensando? Digo, você estava distante -ele olhava no fundo dos meus olhos, talvez procurando alguma resposta- 
- Em nada. -fechei os olhos- em nada mesmo. 
- Ok -ele se endireitou na cadeira e mudou de assunto também- O que achou? É ou não é o melhor café-da-manhã ? -ele sorriu- 
- Está perfeito -eu pisquei- Estou mais do que satisfeita! Acho que agora terei que correr o triplo do que corremos de manhã -eu ri,e ele me acompanhou- 
- Você está em ótima forma, Mai . Sabe disso -eu corei um pouco, para falar a verdade-
- Er.. -desviei o olhar e voltei a mirá-lo- Vamos? -me olhei por um segundo e me dei conta de que faltava algo- Droga.
- O que foi? -ele me olhou- 
- Esqueci minha bolsinha, a que levo quando faço esportes, levo dentro dela dinheiro se precisar para alguma coisa, mas eu acabei esquecendo com a ..
-Não precisa, eu te convidei ,eu pago -ele disse rapidamente- 
- Mas isso não é legal Eu tenho que te recompensar, deve ter gastado muito ..olhe só essas frutas! Nem são da época! -apontando-
- Já vi que você vai sempre brigar comigo nos encontros para pagar a conta!
- Encontros? Sempre? Você já está prevendo o futuro sr. Herrera?
- É um dom – nós rimos- Vamos?


Poncho me deixou em casa por volta das 10:15. Tomei um banho para tirar o suor e me deitei para examinar alguns memorandos que Edward, meu encarregado, havia me enviado. Minha mãe veio me chamar, avisando o horário do almoço. Olhei para o relógio e vi que eram 13:10. Desci e encontrei Joshua junto à mesa. 


- Olhe quem resolveu viver! -eu falei para ele- Estava muito ruim a vida de morto do sofá?- ele revirou os olhos e se sentou, não antes de revidar dizendo:
- Estava muito cansativa a vida de "atleta por um dia"?
- Quem lhe disse isso? -eu me sentei a sua frente. Ele apontou com a cabeça para mamãe-
- Qual é mãe, minha vida virou um livro aberto agora? -eu a gritei da sala de jantar-
- Sempre foi!
- Cala a boca pirralho -atirei um pedaço de pão nele, mas por falta de sorte, ele desviou-
- Mai, admite, você tem é inveja, vai . -ele disse com um tom de ironia, dessa vez, eu revirei os olhos-
- Inveja de que, pirralho?
- Pelo menos ninguém cuida da minha vida como cuidam da sua agora - eu apenas revirei os olhos e continuei minha refeição. 

Após o almoço, enquanto eu analisava algumas planilhas da MaiHeart, percebi uma movimentação na casa da frente. Vários carros luxuosos na casa dele. Eu fiquei olhando por alguns minutos e a curiosidade quase me matou, queria estar . Levantei da cama e fui para a sacada. Fiquei ajoelhada no chão, pois a arvore cobria quase toda a visão. Vi o carro da noite da festa de Peter e meu coração gelou. Ele estava tão próximo. Eu olhei mais alguns instantes. Algumas pessoas entravam e saiam da casa, Stephen apareceu depois de mais ou menos 30 minutos. Estava com um estilo mais clássico, um sapato tipo italiano, uma calça jeans escura e uma camisa de botões branca. Ele usava óculos escuros. Ele estava lindo. Logo atrás dele vinha a mulher que o acompanhou na festa, linda de dar inveja.
Eu estava analisando os outros convidados quando de repente vi que ele olhou em direção a mim eu gelei. Ele franziu o cenho, acho que tentando identificar quem era. Logo depois ele arregalou os olhos e silabou algo que não conseguir ler em seus lábios. Ele continuou a me olhar e foi se aproximando, chegou até metade da rua. Eu continuava com o ar preso em meus pulmões, meu coração batia tão forte que cheguei a pensar que iria ultrapassar minha pele. Um carro passou na rua e ele se afastou, alguém o chamou e ele olhou para trás lentamente, mas ainda mantinha os olhos castanho-escuros em mim. Eu soltei o ar e me levantei. Não olhei para trás, mas poderia jurar que ele ainda me observava.
Não posso negar que fiquei abalada, mas não esqueci o fato dele ter me abandonado. Acabei dormindo a tarde toda.
Acordei assustada com o som do meu celular. Abri os olhos, os forçando contra a luz do sol poente. Achei meu celular debaixo da minha cama. 

- Oi? -eu iniciei, com minha voz rastejante-
- Mai? É Rochi, tudo bem? Não me diga que estava dormindo?
- Não, er ..tá eu estava -eu confessei- Deve ser o jet leg.
- Ainda? Mas já vão fazer duas semanas que você voltou.
- Bem, eu ainda estou com sono, o que quer que eu faça? -ela deu uma risada- Diga, o que quer? -agora mais acordada, me sentei na cama, cruzei as pernas embaixo de mim-
- Bom, vem pra minha casa, o Nico, Joseph e Poncho estão aqui.. -a voz dela estava animada, ela devia ter planejado isso-
- Eu não sei ,está quase na hora do jantar, eu ia jantar com a ..
- ..Sua familia .-ela me completou- Mai ,isso é conversa pra boi dormir ,aliás ,pra você dormir. Venha já ,não aceito não como resposta. Cande, Lali e Peter já estão chegando. Até . -ela desligou.- 

O que fazer? Bom, depois que ela desligou o telefone na minha cara, eu me levantei e fui para um banho rápido e pus um vestido curto. Pra acompanhar, eu calcei um sapato de salto fino e saí. 

- Hummm onde vai maninha? - disse Joshua, sarcástico- 
- A um lugar em que crianças como você, certamente não vão. -rebati- 

Ele abriu a boca pra responder algo, mas fui mais rápida e saí antes de ouvir alguma baboseira. Eu já tinha ligado para um táxi vir me buscar e estava em frente de casa. Eu estava distraída, olhando meu celular, quando senti uma presença atrás de mim. Ao me virar, quase desfaleci. Era ele
Meu corpo era um misto de sentimentos, raiva, decepção, surpresa, até mesmo um calor no coração.

- M-Maite?- ele silabou- 
- Stephen -minha voz era firme, pelo menos era o que eu pretendia passar-
- Então não me enganei. Voltou quando? -sua voz estava quase imperceptível, de tão baixa- 
- Há alguns dias. Por? -ele deu um suspiro e continuou-
- Você está bem? 

Eu sabia qual era a pergunta que ele queria saber de verdade. Ele queria saber se eu tinha ficado bem, há sete anos atrás. Bem, pelo menos eu sobrevivi.

- Sim. 

Minha resposta era objetiva, não queria estender o assunto. E parte de mim, a maioria, não conseguiria olhar para ele e saber que esteve bem todo esse tempo. 

- Er .. -ele me olhou de cima a baixo- Você vai sair? 

Ele me olhava com um certo desejo, eu percebi. Me senti vitoriosa, estava conseguindo fazê-lo sentir ,nem que seja uma pontinha, de desejo.
- Eu não vejo como minhas atitudes possam te atingir de alguma forma. Por que quer saber? -arqueei a sobrancelha- Temos algo e não fui avisada? -acredite, isso doeu muito em mim.
- Bem, er .. nós ..eu , ahn ...
- Não fique nervoso, Amell -enfatizando bem o seu sobrenome, sabendo que ele odiava que o chamassem desse modo.
- Eu queria lhe pedir desculpas -ele se aproximou e, por instinto, eu recuei- O que há com você? Está tão...
- Madura? –completei- Posso dizer que algumas coisinhas me fizeram amadurecer 
- Eu ia dizer, diferente, mas se prefere...
- A morena - o interrompendo- Aquela morena com cara de modelo, é sua mulher ? -eu estava muito curiosa-
- Está falando da Troian? -eu revirei os olhos- 
- Tem outra?
- Não sei -eu bufei, irritada-
- Se fosse para não responder eu não teria nem perguntado -percebo que o táxi chega, eu caminho até ele e Stephen pega em meu braço-
- Espera, Mai -ele me olhou-
- Maite -o corrigi- Se não se importa -eu dei um sorriso superficial-
- Maite -ele suspirou- Eu queria muito conversar com você, e a propósito, Troian é minha namorada.
- Que interessante -continuei sustentando o sorriso- Agora deixe-me ir, sim? -olhei para meu braço e ele seguiu meus olhos e me soltou- Obrigada. Até outro dia, Stephen
- Esse dia não vai demorar pra chegar, estou morando aqui agora. -ele me interrompeu. Eu voltei para olhá-lo novamente. Meu coração ainda descompassado tremia dentro do corpo.
- Bem, eu me mudei para o nosso apartamento, lembra? Mas não consegui ficar. Tudo me lembrava você, nossos planos.
- Poupe-me do blábláblá Amell, por Deus -eu revirei os olhos- Tenho que ir -eu me virei e  abri a porta-
- Também teve a morte da minha mãe –eu parei bruscamente, Ellen era uma pessoa que eu apreciava muito.
- Ah, meus sentimentos – eu fui pega de surpresa, ela era tão sadia- Eu sinto muito mesmo.
- Eu sei. Ela te adorava. De qualquer modo, eu voltei para casa onde crescemos juntos. Estou aqui agora.
- Certo, eu tenho mesmo que ir – entrei no carro e o ouvi dizer:
- Adorei te reencontrar Maite
- Eu não posso dizer o mesmo -e entrei no táxi sem olhar para trás. 

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