Não foi como o beijo de Stephen, que me arrebatava, me deixava sem chão, ar e me deixava vulnerável, mas tinha uma sensação muito boa e eu até me surpeendi. O modo como seus lábios se encaixavam naturalmente aos meus era algo novo para mim. Eles eram macios e sugavam os meus com uma certa paixão e cuidado ao mesmo tempo. Eu agarrei os fios de cabelo que iniciavam na nuca e os puxei de leve, com isso ouvi um murmúrio abafado entre nossas bocas partido dele. Uma onda estranha de prazer e calmaria tomou todo meu corpo, me deixando em êxtase. Seu braço livre subiu pela minha cintura, alcançando minhas costas, onde senti seus dedos firmes contra minha pele, me trazendo mais junto a ele. Meu coração disparou quando senti que sua língua deslizava pela minha e a tratava como algo precioso. Eu tentava corresponder à mesma intensidade, mas quando ficamos quase sem folego nos afastamos novamente. Senti meu rosto ruborizar e abaixei o olhar.
- Mai ..o que?-ele suspirou confuso- Você é maravilhosa. -ele riu por fim. Eu também ri, mas de nervoso.
- Poncho, eu adoro passar meu tempo com você. Você é um cara incrível e eu nem acredito no que acabei de fazer. –passei a mão pelo meu rosto, claramente envergonhada- Eu adorei, Mai. Não precisa ficar sem graça. –Ele passou seus braços envolta da minha cintura, me puxando para mais perto de seu corpo e senti uma fraqueza nas pernas, de nervosismo acho- Posso? – ele perguntou ora olhando minha boca, ora meus olhos.
- Você já sabe a resposta -eu olhava fixamente em seus olhos-
Ali nos beijamos mais uma vez. Um pouco mais intenso do que o primeiro beijo, igualmente prazeroso. Quando nos separamos fomos até o carrinho de sorvete que tinha no parque há apenas três quadras de casa. Nós divertimos caminhando mais pelas trilhas do pequeno bosque que tinha ali. Nos beijamos por diversas vezes e eu não me cansava nunca de beijá-lo. No caminho de volta apostamos corrida e ele me deixou sair em vantagem. Eu pensei que estava realmente acreditando que poderia ganhar, mas em poucos instantes vi que ele estava junto a mim, com seu sorriso travesso. Forcei um pouco mais minhas pernas até não sentir mais meus pés. Ele passou por mim ainda com aquele sorriso convencido, que o deixava mais sexy. Em certo momento, quando estávamos bem perto de casa, onde seria o ponto de chegada, eu me joguei nele, nos desequilibramos e caímos na grama do vizinho. Eu ria como nunca.
- Não sabia que você era tão má perdedora, Maite! Precisou se jogar no oponente para não perder sozinha. –ele me segurava em cima dele enquanto sentava na grama-- Não sabia que você era tão competitivo! –ele gargalhou e me olhou divertido
- Eu, competitivo? Ainda te dei vantagem! Não tenho culpa de você não manter o ritmo!
- Você fez isso porque sabia que eu não poderia correr tanto quanto você! –ele assentiu concordando e me puxou para o seu lado e me roubou um beijo rápido- Isso é um sim, ou um pedido de desculpa por me fazer de tola e me fazer correr mais do que aguentava? –ele riu revirando os olhos
- Isso é uma recompensa por ter corrido tanto, mesmo sem aguentar – nos beijamos outra vez e nos levantamos indo rumo à minha casa.
Encontrei minha mãe na frente de casa, regando as margaridas brancas. Ela me lançou um olhar incentivador e eu sorri para ela. Alfonso foi simpático e a cumprimentou com um beijo no rosto. Fui até meu quarto e Alfonso me acompanhou
- CDs legais, Mai -ele sorriu, me mostrando um cd da banda britânica Lawson, o mais recente- Eu ouvi algumas músicas dessa banda. Eles são ótimos!
- É -eu peguei um vestido leve no guarda-roupas- Eles são demais mesmo, adoro as batidas e a letra -eu virei pra ele - Se importa em ficar alguns instantes sozinho aqui?
- De jeito nenhum. Quando, e em que lugar da história, um homem ficaria incomodado em ficar sozinho no quarto de uma mulher? –eu ri com a observação
- Ok, então. Eu já volto
Eu fui saindo do quarto, quando fui surpreendida pelos braços fortes de Alfonso. Ele me encostou no batente da porta e me arrancou um beijo doce. Instantes depois, ainda desnorteada, nós nos afastamos, eu sorri e fui para o banheiro tirar o cheiro de mofo e o suor da minha pele.
Apesar da tarde maravilhosa que passei com Alfonso, não pude deixar de esquecer do beijo de Stephen daquela tarde. Eu queria que minhas lembranças fossem embora, assim como a espuma escorrendo pelo ralo, mas não é tão fácil. Seu toque, os seus lábios estavam numa camada muito mais profunda dentro de mim. Eu fechei bem os olhos e enfiei minha cabeça para baixo do chuveiro. Eu tinha que esquecê-lo, e o faria com Alfonso. Ele tinha sido maravilhoso comigo naquela tarde, eu fiquei feliz de tê-lo ao meu lado. Seu beijo não é algo que se possa esquecer tão fácil. Desliguei por fim o chuveiro e me olhei no espelho embaçado acima do lavabo. Toquei meus lábios e fechei os olhos me lembrando da tarde que passei com Alfonso. Seu beijo era intenso e me fazia querer mais. Ele também tinha os braços rígidos e fortes me apertando contra seu corpo, me deixando sentir segura e desejada. Como um flash de memória, me lembrei de quando Stephen e eu namorávamos e ele dizia que eu era apenas dele e de mais ninguém, também dizia que não suportaria me ver com ninguém além dele. Me estremeci ao imaginar o que Stephen pensaria ao saber que estou com outro. Abri os olhos rapidamente e me encontrei no vazio do banheiro amplo de azulejos brancos. O que eu estava fazendo? Me vesti e fui para meu quarto. Alfonso estava sentado em minha cama, olhando pela sacada a casa de Stephen. Quando entrei, ele me olhou curioso.
- Você tem uma bela vista, só que está bloqueada pela casa da frente –ele sorriu e veio em minha direção. Meu coração bateu mais rápido ao pensar na possibilidade dele conhecer o dono da casa da frente.
- Sabia que Stephen Amell, meu parceiro da empresa, também mora neste bairro? – ele continuou a falar e fiquei sem ter o que dizer e apenas me forcei num sorriso- Mas nunca vim até esta casa que ele mora agora. Era dos pais dele. Depois que a mãe morreu, ele veio ficar uns dias com o pai, mas acabou ficando e seu pai foi para a casa do irmão, na Grécia. –eu evitava o contato visual por medo de Alfonso descobrir que eu conhecia a historia mais do que devia. Ele riu e o olhei estranhando- O que estou falando? Você deve conhece-lo muito mais que eu! Ele morou aqui sua vida toda, assim como você! – meu coração palpitava forte e senti que ele ligaria toda a historia num piscar de olhos.
Pelo o que
Poncho me disse, conheceu Stephen na faculdade e desde então se uniram. É claro
que Stephen deve ter contado toda sua vida, nos mínimos detalhes. Estou
apavorada pelo fato dele descobrir tudo assim. Que tola eu sou, como poderia
continuar como se nunca tivesse conhecido Stephen, se estava ficando com
seu amigo e sócio?
- O nome dele
é Stephen. Stephen Amell –ele ainda olhava para mim e eu continuava a sustentar um olhar curioso e ele continuou- A história dele chega a ser um
pouco trágica.
Ele se sentou
na minha cama e me puxou junto, para me sentar com ele. Acabamos deitando e
apoiei minha cabeça no seu peito enquanto sentia seu carinho na minha cabeça.
Eu ouvia atentamente a narração da minha história com Stephen. As lembranças
vinham como flashes e me segurei para não chorar quando ele começou a contar a
história do casamento.
- E ele
simplesmente saiu. Disse não e saiu. Eu tenho muita pena dessa garota, imagina
estar no que seria o melhor dia de sua vida, e seu prometido, seu companheiro
sair assim, do nada.
- E-ele disse
porquê fez isso? –minha voz saiu um pouco mais tremula do que eu imaginei. Eu
estava chorando baixinho e tentei normalizar minha voz o máximo possível.
- Ele não
gosta de falar desse assunto, então ele não me disse exatamente o porquê, mas
imagino que tenha a ver com algo muito sério. Ele sequer me disse o nome dessa garota. –eu discretamente afastei a
lágrima teimosa que descia pelo meu nariz – Mas realmente não entendo como
alguém pode fazer isso a alguém que diz amar. E ele me disse que a amava muito
e que seus motivos eram muito profundos e sérios. Eu acreditei nele quando ouvi
a historia, ele parecia estar sofrendo com isso também. –eu finalmente pude me
recompor e senti um leve aperto no coração ao imaginar que ele poderia estar
sofrendo como eu sofri durante os anos longe dele. Respirei fundo e tentei
mudar de assunto.
Passamos a tarde nos conhecendo mais ainda. Ele me contou sobre seu primeiro amor, Jane, e como fugiu no dia de sua formatura para ficar com ela. Também me contou que ela o deixou sem mais nem menos e que fazia mais de três anos que não a via. Eu lhe confidenciei algumas coisas, quando percebemos já havia passado das dez horas.
- Mai -ele olhou no relógio em cima do meu criado-mudo- Já é bem tarde, eu vou indo -ele levantou e vestiu sua camiseta regata preta- Não é de bom costume um homem passar a noite com uma doce mulher como você -ele pegou minha mão e a beijou-
- Que cavalheiro! -eu ri- Não tem problema, minha mãe sabe que você é legal e respeitador.
- Já disse de mim a ela? -ele arregalou os olhos- Você é rápida hein? -eu ri mais uma vez- Tem certeza de que ela não virá com o pau de macarrão atrás de mim? Ou então seu irmão virá com a faca da cozinha porque estou com sua querida irmã?
- Duvido muito que Joshua se prestaria a esse papel. Minha mãe também não faz este estilo -eu disse ainda rindo- Ela confia em você porque eu confio. Josh, bem, não há com o que se preocupar com ele.
Passamos a tarde nos conhecendo mais ainda. Ele me contou sobre seu primeiro amor, Jane, e como fugiu no dia de sua formatura para ficar com ela. Também me contou que ela o deixou sem mais nem menos e que fazia mais de três anos que não a via. Eu lhe confidenciei algumas coisas, quando percebemos já havia passado das dez horas.
- Mai -ele olhou no relógio em cima do meu criado-mudo- Já é bem tarde, eu vou indo -ele levantou e vestiu sua camiseta regata preta- Não é de bom costume um homem passar a noite com uma doce mulher como você -ele pegou minha mão e a beijou-
- Que cavalheiro! -eu ri- Não tem problema, minha mãe sabe que você é legal e respeitador.
- Já disse de mim a ela? -ele arregalou os olhos- Você é rápida hein? -eu ri mais uma vez- Tem certeza de que ela não virá com o pau de macarrão atrás de mim? Ou então seu irmão virá com a faca da cozinha porque estou com sua querida irmã?
- Duvido muito que Joshua se prestaria a esse papel. Minha mãe também não faz este estilo -eu disse ainda rindo- Ela confia em você porque eu confio. Josh, bem, não há com o que se preocupar com ele.
- Estou tão
aliviado agora -ele suspirou exageradamente- Venha se despedir propriamente de
seu mais novo ahm.. amigo? Ficante? Potencial namorado?- ele subiu em cima de
mim na cama e segurou minhas mãos na altura da minha cabeça. Confesso que
gostei do jeito que ele se aproximou e fiquei tentada a roubar um beijo
- Vejamos onde
isso pode ir. Ainda assim não sei se devo beijá-lo outra vez –me fiz de difícil,
ou pelo menos tentei-
- Não sabe é? -ele me roubou um selinho, com uma expressão perversa nos lábios-
- Talvez, se você me lembrasse ...
Mal terminei de falar e ele havia tomado meus lábios em um beijo lento, apenas para sentir seus lábios nos meus. Ele ainda segurava minhas mãos ainda por cima de mime e ele me prendia com suas pernas. Assim que ele me soltou, passei meus braços magros envolta do teu pescoço e o acariciei levemente nas costas. Paramos com selinhos sorrimos cumplices.
- Até amanhã potencial namorada -ele disse, bem perto dos meus lábios-
- Até amanhã potencial namorado - essa palavra me causava arrepios. Ele se levantou e me estendeu o braço para me ajudar a sentar na cama.
- Quer que eu te acompanhe até a porta?
- Não é preciso, acho que consigo passar pela sala sem ser agredido por pau-de-macarrão ou pelo teu irmão -ele zombou-
- Boa noite Poncho -eu sorri ternamente-
- Boa noite Mai -ele veio até mim e depositou um beijo na minha testa- Vê se não sonha comigo hoje não -ele piscou e saiu, me deixando rindo-
Ainda pude ouvir minha mãe o cumprimentando e também Joshua. Eu coloquei uma camisola fina de seda e fui me deitar. Precisava descansar do dia turbulento. Na minha cabeça passava flashes do tempo em que passei com Stephen, o nosso beijo.., foi com a lembrança do seu beijo que dormi.
- Não sabe é? -ele me roubou um selinho, com uma expressão perversa nos lábios-
- Talvez, se você me lembrasse ...
Mal terminei de falar e ele havia tomado meus lábios em um beijo lento, apenas para sentir seus lábios nos meus. Ele ainda segurava minhas mãos ainda por cima de mime e ele me prendia com suas pernas. Assim que ele me soltou, passei meus braços magros envolta do teu pescoço e o acariciei levemente nas costas. Paramos com selinhos sorrimos cumplices.
- Até amanhã potencial namorada -ele disse, bem perto dos meus lábios-
- Até amanhã potencial namorado - essa palavra me causava arrepios. Ele se levantou e me estendeu o braço para me ajudar a sentar na cama.
- Quer que eu te acompanhe até a porta?
- Não é preciso, acho que consigo passar pela sala sem ser agredido por pau-de-macarrão ou pelo teu irmão -ele zombou-
- Boa noite Poncho -eu sorri ternamente-
- Boa noite Mai -ele veio até mim e depositou um beijo na minha testa- Vê se não sonha comigo hoje não -ele piscou e saiu, me deixando rindo-
Ainda pude ouvir minha mãe o cumprimentando e também Joshua. Eu coloquei uma camisola fina de seda e fui me deitar. Precisava descansar do dia turbulento. Na minha cabeça passava flashes do tempo em que passei com Stephen, o nosso beijo.., foi com a lembrança do seu beijo que dormi.
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