domingo, 18 de agosto de 2013

Capítulo 2 - The Birthday Party pt. I

Chapter Two


A semana passou muito rápida, eu saía todos os dias para matar as saudades da minha cidade natal, Bluebell. Quando sexta-feira chegou quase não acreditei, o tempo parecia voar. Era o dia da tão falada festa de Peter Lanzani. Naquele dia eu levantei cedo e fui direto para casa de Lali, nossa baixinha, onde íamos ficar por todo o dia até a hora da festa, nos arrumando. 

- Mai, por Deus fique quieta! Assim não consigo tirar a máscara! –disse Candice com as mãos coladas em meu rosto, tentando inutilmente tirar uma mascara facial que ela havia feito caseiramente, eu deveria imaginar que isso não seria confiável .
- Mas Cande, está doendo! –pondo as mãos por cima das dela, sentindo meu rosto arder.
- Fica quieta Mai! –disse ela tirando a máscara, mas eu ainda tinha lá minhas duvidas de que não estaria ela tirando minha pele junto- Oh My God –ela disse me olhando com uma cara surpresa.
- O que foi? Me tirou a pele? Foi isso? –passando as mãos rapidamente por meu rosto, assustada.
- Mai, tua pele está linda. Perfeita! Valeu todo o esforço – ela disse sentando no sofá, eu fui para frente de um espelho-

Realmente estava linda. Lali tinha preparado aquela fórmula para todas nós e eu, sinceramente, não estava botando muita fé, mas o resultado ficou muito digno. 

- Agora precisamos de um banho, pois é quase 19:00 e a festa é as 21:00. Revezamento de banheiro, já! –me empurrando para o chuveiro- Mai, você vai primeiro!

Bem, depois de maquiagem, cabelo e roupas, ficamos prontas e Somerhalder, o modelete, digo, o namorado da Nina, veio nos buscar. Ficamos Lali, Cande e eu no banco de trás do carro, enquanto Nina ia com o namorado na frente. Rochi foi com o namorado no carro dele. A viagem não era muito longa, ele morava em um bairro um pouco mais afastado do centro da cidade, na área nobre. Descemos e fui dar os parabéns a Peter, ele também não havia mudado muita coisa, só seu rostinho de criança deu lugar a uma barba por fazer, o tornando mais másculo. Festa vai, festa vem, reconheci várias pessoas do colégio. Conversando com Stefania Carlton, Fannie como todos a chamavam, uma das lideres de torcida, vi que a cidade parou um pouco no tempo. Pude lembrar de quando eu andava de pá virada com as líderes de torcida da escola, Candice era a exceção. Ai, rivalidade é uma coisa! Rochi não desgrudava de seu namorado, Nicolás Riera, um esportista latino e medalhista olímpico, eles dançavam na pista agora. Candice se encontrou com seu ex-namorado, Joseph Morgan, que agora sabia que trabalhava com Stephen. Eles são daquele tipo de casal que termina, mas esquece de avisar sua consciência. Em outras palavras, quando o álcool entra na história, eles sempre acabam dormindo juntos.
Sorrindo absorta em meus pensamentos, eu fui para a varanda da casa de Peter. Eu estava bebendo meu martini, observando a lua. Quando me virei, procurando algum lugar para eu me sentar dei de frente com um homem. Ele era alto e moreno, subi os olhos e nos encontramos no olhar, os olhos dele eram verdes amadeirados, com um toque de mel no fundo. Desci novamente o olhar e parei em sua boca, perfeitamente desenhada, coberta por alguns toquinhos de barba crescendo. Ele deu um sorriso e vi seus dentes brancos se mostrarem. Ele me olhava fixamente nos olhos, eu podia sentir seu olhar me queimando as bochechas.

- Er ..perdão –eu disse quase num sussurro.
- Não foi nada, morena –ele sorriu e eu estremeci.
- Er ..–eu o mirei nos olhos- Você é amigo de Peter?
- Sim, muito –ele se afastou um pouco e pude tomar uma boa dose de ar- Somos quase como irmãos, entende? -ele se sentou no banco atrás de mim- Você é muito bonita, deixa eu adivinhar. Modelo? Atriz?
- Não, quem dera! –sorri simpática- Eu as visto. Sou estilista.
- Ah, desculpa então dona estilista! –ele analisou o meu vestido-
- Não, esse não fui eu quem desenhou. Meus modelos estão na Europa, voltei há dois dias.
- Que interessante –ele disse- Sente-se aqui ao meu lado, gostei de você, vamos conversar mais! -ele me olhava curioso e ao mesmo tempo maravilhado, eu sentei ao seu lado- E então o que te fez voltar?
- A saudade, a saudade de todos aqui –eu sorri, me lembrando das meninas- 
- Passou muito tempo fora?
- Apenas 7 anos –eu o olhei- Foram importante para mim. –mordi meu lábio-
- Eu imagino. Não está com frio? Aqui está bem frio -ele me olhava, notando minha pele arrepiada pelo vento frio que passava por nós.
- Um pouco. Ei espere, não me disse seu nome –estávamos bem próximos agora. Seus olhos tinham algo que me não me deixava desviar o olhar.
- Alfonso, mas me chame de Poncho, é melhor –ele sorriu de canto-
- Poncho? Poncho Herrera?
- Sim -ele me olhou duvidoso.
- CARACA –eu me levantei subitamente. Ele ergueu as sobrancelhas, em sinal de surpresa.

Eu pensei seriamente em lhe contar que eu já sabia quem era e que minhas amigas loucas já tinham me dado sua ficha completa, mas achei melhor não. Bem, ele era realmente bonito e isso era indiscutível, as meninas não mentiram sobre isso nem um segundo.

- O que foi? Algo errado?
- Não – balancei a cabeça- Não foi nada –voltei a sorrir e me sentei novamente ao seu lado. Só fiquei surpresa com seu nome. É um belo nome Alfonso -dei meu melhor sorriso, tentando fazê-lo esquecer da minha última loucura.
- Ok, e o seu senhorita estilista? –eu ri com o modo que ele me adjetivou. 
- Mai, de Maite –respondi ainda sorrindo.
- Quer tomar algo, Mai de Maite? –olhando o garçom passando-
- Algo que crianças não bebam –ele riu e assentiu com a cabeça.
- Acho que posso te ajudar com isso.

            Ele se afastou um pouco e foi atrás do garçom. Meus olhos correram para a festa, procurando por alguma das meninas. Vi Josh cantando uma menina e não pude deixar de rir. Era um conquistador nato. Ele dançava colado com ela, aposto que estava falando alguma besteira piegas em seus ouvidos. Ele rapidamente lançou um olhar para mim e, sorrindo, piscou. Depois, ele foi afastando-a para o canto da pista de dança e não vi mais nada. Olhei também para o outro extremo da festa, mas não as encontrei. Dei um suspiro longo e senti mãos quentes nas minhas costas nuas.

- Demorei? –o sorriso cintilado de Poncho iluminou a varanda-
- Nem um pouco - peguei a taça de champagne.
- Que bom, não suportaria ficar muito tempo longe da sua beleza –sorrindo galanteador-
- Me diga, o que você faz? – mudei de assunto, fugindo um pouco de suas investidas.
- Bem, eu sou CEO de uma empresa que cuida de investimentos.
- Wow! –abri um largo sorriso- Importante você, não?
- Se você acha –dando uma de modesto, ele abaixou o olhar com um sorriso de canto- Mai -ele voltou a me olhar nos olhos- Quer dançar?
- Claro! –eu sorri e peguei na mão dele, ele me levou para a pista de dança-

            A musica estava agitada, meu vestido curto ajudou a me movimentar com mais suavidade nas batidas. Poncho passou seus braços pela minha cintura e começou a se movimentar como eu. Olhando nos meus olhos, podia ver o desejo passando por eles e deslizando feito o suor pelo teu corpo. Passei minhas mãos pelo teu rosto e mexia meus braços no ritmo da musica. Me virei de costas para ele, e rebolando, pude ver os olhares de Lali, que estava acompanhada por seu namorado, com aquele jeito de ‘vá em frente’. Sorri de volta e me virei para ele. A musica ficou um pouco mais lenta uma certa hora e ele se juntou a mim, colando nossos corpos. Juntou seu rosto no meu e soltou uma risadinha gostosa e excitante. A batida ficou mais rápido novamente e nos separamos. Ele pegou minha mão e passou por suas costas cobertas por um tecido certamente caríssimo. A música estava acabando e ele dançando se aproximou de mim novamente. Na última batida ele depositou um beijo em minha testa e eu sorri. As luzes piscaram, indicando que a música ia mudar. Meus olhos arderam um pouco e Poncho me puxou para o canto. Encontrei Lali ao lado de Peter e Nina ao meu lado.


- Oi Poncho –ela o cumprimentou, assim como fez com Ian-
- Oi Nina! E aí Ian –eles assentiram com a cabeça- 
- Ponchito, posso roubar a sua Mai só um pouquinho? -perguntou ela, já pegando meu braço-
- Vocês se conhecem? – ele indagou confuso e Nina e eu nos olhamos- 
- Claro! Ou você acha que ela viria sozinha nesse lugar com um bando de pervertidos? –ela riu, eu apenas sorri revirando os olhos. Poncho voltou seu olhar ao meu- 
- Sou um pervertido para você, Mai? 
- Sim, um pervertido que sabe dançar! –eu pisquei para ele e sai com uma Nina apressada.

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