Chapter Twelve
- Boa noite dorminhoca
-ele zombou e eu acabei rindo com ele.
- Boa noite, querido!-nós sorrimos e ele me beijou os lábios rápido.
- Está linda, sabe? -ele me apertou mais em seus braços.
- Você está mais, todo importante aí -eu tirei com ele-
Ele se afastou um pouco e desabotoou os quatro primeiros botões da sua camisa do tom bem clarinho de salmão.
- Agora estou melhor, estava me sufocando -ele riu-
Eu me virei pra passar o gloss e senti seu corpo contra o meu novamente, ele me virou delicadamente para seu rosto e me beijou, dessa vez mais ternamente. Perdi a noção do tempo enquanto o beijava, só queria sentir seu calor me prendendo a teu corpo. Nos separamos e olhei em seus olhos, eu sorri sarcástica
- Desse jeito não há M.A.C que resista!
- E quem disse que era para ao menos tentar resistir? -nós rimos-
- Me deixe pelo menos passar o pó e a sombra, aí saímos. -eu pisquei e me virei para o espelho novamente- Pode sentar na cama se quiser -o olhei pelo reflexo e o vi se sentando na minha poltrona-
- Boa noite, querido!-nós sorrimos e ele me beijou os lábios rápido.
- Está linda, sabe? -ele me apertou mais em seus braços.
- Você está mais, todo importante aí -eu tirei com ele-
Ele se afastou um pouco e desabotoou os quatro primeiros botões da sua camisa do tom bem clarinho de salmão.
- Agora estou melhor, estava me sufocando -ele riu-
Eu me virei pra passar o gloss e senti seu corpo contra o meu novamente, ele me virou delicadamente para seu rosto e me beijou, dessa vez mais ternamente. Perdi a noção do tempo enquanto o beijava, só queria sentir seu calor me prendendo a teu corpo. Nos separamos e olhei em seus olhos, eu sorri sarcástica
- Desse jeito não há M.A.C que resista!
- E quem disse que era para ao menos tentar resistir? -nós rimos-
- Me deixe pelo menos passar o pó e a sombra, aí saímos. -eu pisquei e me virei para o espelho novamente- Pode sentar na cama se quiser -o olhei pelo reflexo e o vi se sentando na minha poltrona-
- Eu sei, é
diferente...-eu comentei enquanto passava a sombra-
- Isso é...-ele passou os dedos com cuidado- pele de verdade?
- Ai, claro que não! Eu prezo pelo bem estar dos coitadinhos dos ursos!
- Nunca vi nada parecido!
- E eu acredito, é uma peça exclusiva, foi um designer francês que me procurou, eu adorei ainda em foto -eu o olhei sorrindo -
- Eu imagino. É super macia -ele se recostou mais, se afundando na poltrona-
- É sim, adoro descansar nela -eu sorri me lembrando-
- Deve ter sido meio cara
- E foi, mas era mais forte que eu –nós rimos- E acho que foi um ótimo gasto, não acha?
- Você não para de me surpreender! - Me virei para ele e borrifei perfume no pescoço e nos pulsos, depois eu fui até ele e sentei em seu colo .
- Acho que agora podemos ir -eu sorri e mordisquei seu lábio inferior-
- Acho que não quero mais -ele me tomou em um beijo quase sensual e não pude resistir.
Nos beijamos por longos minutos e quando nos afastamos sorrimos cúmplices um ao outro. Eu me levantei e arrumei minha blusa e mexi no cabelo. Ele abriu a porta e saiu primeiro, fui descendo as escadas logo atrás dele, Joshua passou por nós e deu uma risadinha. O ignorei e pedi em voz alta para que Alfonso também o fizesse. Eles se cumprimentaram e saímos. No carro tocava Kelly Clarkson, eu aumentei um pouco a volume e cantarolava do meu jeito.
- Isso é...-ele passou os dedos com cuidado- pele de verdade?
- Ai, claro que não! Eu prezo pelo bem estar dos coitadinhos dos ursos!
- Nunca vi nada parecido!
- E eu acredito, é uma peça exclusiva, foi um designer francês que me procurou, eu adorei ainda em foto -eu o olhei sorrindo -
- Eu imagino. É super macia -ele se recostou mais, se afundando na poltrona-
- É sim, adoro descansar nela -eu sorri me lembrando-
- Deve ter sido meio cara
- E foi, mas era mais forte que eu –nós rimos- E acho que foi um ótimo gasto, não acha?
- Você não para de me surpreender! - Me virei para ele e borrifei perfume no pescoço e nos pulsos, depois eu fui até ele e sentei em seu colo .
- Acho que agora podemos ir -eu sorri e mordisquei seu lábio inferior-
- Acho que não quero mais -ele me tomou em um beijo quase sensual e não pude resistir.
Nos beijamos por longos minutos e quando nos afastamos sorrimos cúmplices um ao outro. Eu me levantei e arrumei minha blusa e mexi no cabelo. Ele abriu a porta e saiu primeiro, fui descendo as escadas logo atrás dele, Joshua passou por nós e deu uma risadinha. O ignorei e pedi em voz alta para que Alfonso também o fizesse. Eles se cumprimentaram e saímos. No carro tocava Kelly Clarkson, eu aumentei um pouco a volume e cantarolava do meu jeito.
Música da cena: Never Again - Kelly Clarkson
- "If she really knows the
truth, she deserves you. A trophy wife, oh how cute. Ignorance is bless. But
when your day comes and she's through with you. And she'll be through with you.
You'll die together but alone."*
- Você gosta mesmo dessa música, Mai -ele comentou entre um verso e outro.
Eu sorri pra ele, e assenti concordando. Curiosamente, aquela musica parecia ser feita para mim. E eu costumava ouví-la na minha fossa no passado. Agora eu podia cantar de peito aberto.
- Never again will I hear you.
Never again will I miss you.
Never again will I fall to you.
Never.
Never again will I kiss you.
Never again will I want to.
Never again will I love you.
Never!
Does it hurt to know I'll never be there?
Bet it sucks to see my face everywhere.
It was you who chose to end it like you did.
I was the last to know
You knew exactly what you would do.
Don't say you simply lost your way.
They may believe you
But I never will.
I never will.
I never will.
Never again." **
- Você gosta mesmo dessa música, Mai -ele comentou entre um verso e outro.
Eu sorri pra ele, e assenti concordando. Curiosamente, aquela musica parecia ser feita para mim. E eu costumava ouví-la na minha fossa no passado. Agora eu podia cantar de peito aberto.
- Never again will I hear you.
Never again will I miss you.
Never again will I fall to you.
Never.
Never again will I kiss you.
Never again will I want to.
Never again will I love you.
Never!
Does it hurt to know I'll never be there?
Bet it sucks to see my face everywhere.
It was you who chose to end it like you did.
I was the last to know
You knew exactly what you would do.
Don't say you simply lost your way.
They may believe you
But I never will.
I never will.
I never will.
Never again." **
♣♣♣♣
- Vou te levar a um lugar especial hoje à noite. - Alfonso disse quando nos
encontramos em frente de casa-
- Adoro surpresas, mas posso ter uma dica?- ele sorriu maroto e me olhou rapidamente-
- Se eu desse uma dica já não seria surpresa -eu sorri o olhando-
- Adoro surpresas, mas posso ter uma dica?- ele sorriu maroto e me olhou rapidamente-
- Se eu desse uma dica já não seria surpresa -eu sorri o olhando-
Hoje completamos um mês desde que combinamos que “nos conheceríamos
melhor”. Alfonso me fez vestir para um jantar sofisticado. Era uma sexta-feira
e tínhamos planos para o final de semana, planos dos quais Poncho não deixava
eu saber. Eu não estava certa do que dar a ele e nem se seria apropriado dar um
presente a um ficante. Do mesmo modo, Rochi e Nina me ajudaram a escolher algo
que acredito é ideal. Eu prendi meu cabelo com uma trança trabalhada desde a
raiz, terminando no meu lado esquerdo. Eu usava um vestido que Candice havia
escolhido dias atrás e ainda estava com a etiqueta da loja.
Chegamos a um restaurante novo e estava recebendo ótimas críticas segundo o que soube. Nos sentamos perto da sacada que dava vista para a cidade. As luzes acesas da cidade tornavam tudo ainda mais especial. Poncho segurava minhas mãos e as acariciava. O garçom chegou e nos ofereceu o cardápio. Alfonso tirou seu terno e abriu dois dos botões de sua camisa, pude ver de relance seu peito torneado e bronzeado. Nós comemos e eu me deliciei com as sobremesas. Ele ria das minhas brincadeiras e eu ria de suas histórias de infância. Quando terminamos, ele havia pedido um capuccino cremoso e estava quase no fim.
Chegamos a um restaurante novo e estava recebendo ótimas críticas segundo o que soube. Nos sentamos perto da sacada que dava vista para a cidade. As luzes acesas da cidade tornavam tudo ainda mais especial. Poncho segurava minhas mãos e as acariciava. O garçom chegou e nos ofereceu o cardápio. Alfonso tirou seu terno e abriu dois dos botões de sua camisa, pude ver de relance seu peito torneado e bronzeado. Nós comemos e eu me deliciei com as sobremesas. Ele ria das minhas brincadeiras e eu ria de suas histórias de infância. Quando terminamos, ele havia pedido um capuccino cremoso e estava quase no fim.
- Quero te dar
uma coisa -ele disse sorrindo
Ele levou as mãos ao bolso e tirou de lá uma caixinha comprida de veludo preta. Meu coração bateu mais forte, eu já imaginava o que seria e isso me deixou insegura. Ele aproximou aquela pequena caixinha de nós e a abriu lentamente. Ele riu e olhei para ele.
- Maite, relaxa não é o que está pensando. É só um presente.
- Você quer é me matar! – eu disse com o mão no peito, tentando conter as batidas fortes do meu coração.
Ele levou as mãos ao bolso e tirou de lá uma caixinha comprida de veludo preta. Meu coração bateu mais forte, eu já imaginava o que seria e isso me deixou insegura. Ele aproximou aquela pequena caixinha de nós e a abriu lentamente. Ele riu e olhei para ele.
- Maite, relaxa não é o que está pensando. É só um presente.
- Você quer é me matar! – eu disse com o mão no peito, tentando conter as batidas fortes do meu coração.
Quando a abriu por completo, vi que eram dois lindos pingentes acompanhados pela fina corrente de ouro. No pingente havia duas iniciais entrelaçadas, M&A, modernas e sofisticadas. Meu olhos subiram até os deles, onde ainda encontrava seu sorriso puro e sincero. Seus olhos encaravam os meus com ternura, eu sorri e lhe dei um beijo rápido, mas calmo.
- Maite, estou
um pouco nervoso, eu não sei bem por onde começar. Eu só sei que desde aquele
dia na festa de Peter, você me cativou de uma forma em que não posso mais
pensar em outra coisa, senão você. Sinto que o tempo que passei sem ter ao menos
te conhecido é apenas um borrão. Alguns melhores, outros nem me lembro, de
verdade. E isso é bom, porque me dei conta do quanto você é importante para
mim. Eu não me vejo com mais ninguém além de você. Temos passado momentos
ótimos juntos, dividimos histórias, sorvetes e, bem -ele deu uma risadinha- obviamente
não sei mais o que falar –eu peguei em suas mãos que estavam sobre a
caixinha e olhei no fundo de seus olhos.
– Maite, você quer namorar comigo?
O que eu
poderia dizer depois daquilo tudo que ouvi? A declaração mais doce e sincera
que ouvi depois de um longo tempo, desde que fechei meu coração. A verdade é
que Poncho me fazia muito bem. Ele era quem me fazia rir, o jeito que ele me
sorria fazia meu estomago revirar de felicidade, me dava vontade de beijar
aqueles lábios toda vez que eles se movimentavam, ou então ficavam parados, só
esperando que eu o surpreendesse com alguma bobagem para que eu visse seus
dentes perfeitamente brancos e alinhados. Seus olhos com aqueles cílios
compridos e grossos me davam vontade de sorrir. Oh céus, estou apaixonada.
Estou completamente apaixonada por Alfonso Herrera. Não pude responder nada
menos que um grande
- Sim, claro!
–me inclinei para dar um beijo longo naqueles lábios que eu tanto adorava
beijar
- Mai, acho que
te amo. –ele disse entre pequenos beijos que ele distribuía pelo meu rosto
- Eu meio que
desconfiei –nós rimos e demos outro beijo, dessa vez rápido.
- A pulseira,
você pode colocar mais pingentes, eu dei apenas o começo.
- Eu adorei, é
linda! - peguei com cuidado aquela peça delicada.
- Não, deixe que eu faça isso -ele murmurou enquanto pegava a pulseira-
Ofereci meu pulso direito a ele e deixei ele por. Ao final ele deu um beijo carinhoso nas costas da minha mão, como quem cumprimenta uma verdadeira dama e, sorrindo, nos beijamos mais uma vez. Dessa vez, um beijo mais duradouro e mais apaixonado. Pela primeira vez, senti que meu corpo reagia a isso, que eu reagia a ele. Não havia mais dúvidas de que eu estava amando Alfonso. Seria perfeitamente normal. Afinal, eu era sua namorada. Sou sua namorada. Essa palavra agora era oficial.
- Não, deixe que eu faça isso -ele murmurou enquanto pegava a pulseira-
Ofereci meu pulso direito a ele e deixei ele por. Ao final ele deu um beijo carinhoso nas costas da minha mão, como quem cumprimenta uma verdadeira dama e, sorrindo, nos beijamos mais uma vez. Dessa vez, um beijo mais duradouro e mais apaixonado. Pela primeira vez, senti que meu corpo reagia a isso, que eu reagia a ele. Não havia mais dúvidas de que eu estava amando Alfonso. Seria perfeitamente normal. Afinal, eu era sua namorada. Sou sua namorada. Essa palavra agora era oficial.
- Sério que gostou ?- ele perguntou com um brilho especial no olhar-
- Sim, e nunca vou tirá-la, quero te ter perto de mim, sempre ! -eu sorri- Mas não pense que sou só eu quem pode ser surpreendida hoje. Eu também tenho algo para você.
Peguei minha
bolsa e tirei a pequena caixinha azul marinho de dentro dela. Eu abri devagar e
fiquei atenta ao rosto de Poncho, prestando atenção em sua expressão de
surpresa e alegria assim que mostrei o que tinha dentro.
- Bem, como
sei que você usa muitas camisas sociais e por esse motivo pensei que seria o
presente ideal a um homem de negócios. Claro, tem minha marca nela. – ele pegou
as abotoaduras douradas com a inicial M, de Maite cravada, e, sorrindo, me
olhou nos olhos-
- São lindas
meu amor! Obrigado, não precisava ter feito algo assim por mim, sério. – eu
revirei meus olhos ignorando o surto de modéstia dele- Vou usar sempre!
- Foi o que eu
imaginei ouvir você dizer. –ele me deu um beijo de agradecimento e guardou a
caixinha com as abotoaduras no bolso da calça. – Ei, amor –me aproximei dele
falando perto de seus lábios- O que acha de sairmos daqui, tipo, agora? – eu
quase não me reconhecia, mas a verdade é que estava querendo muito poder
beijá-lo sem pudor, isso só para começar.
- Você literalmente
leu meus pensamentos, eu juro. –eu ri me afastando lentamente dele-
música de fundo: Your Body Is A Wonderland - John Mayer
No próximo
instante que lembro, foi de chegar ao prédio onde ficava o apartamento dele ficava
um pouco descabelada pelos amassos que demos no carro dele, no elevador e no
corredor que dava no apartamento dele. Ao chegarmos na porta, enquanto ele
pegava as chaves, eu beijava seu pescoço, dando leves mordidas. Ele me pos de
frente para ele e de costas para sua porta, me pressionando contra ela. Eu
notei que ele estava buscando furiosamente as chaves em seu bolso enquanto me
beijava e controlava seus nervos para não soltar palavrões ali no corredor
silencioso.
- Quer...quer
a-ajuda? –eu disse ofegante enquanto buscava sua orelha que estava quente. Eu
apalpei seu bolso esquerdo e, antes de arranca-la de lá, ouvi um arfar de
desejo de Alfonso sufocado pelo meu pescoço que estava em sua boca. O ouvi
esmurrar a porta quando, de leve, toquei em seu membro por reflexo. – Aqui.
Abre isso. Agora. – nos olhamos nos olhos e ele deu um sorriso e pegou a chave
da minha mão.
- Feche os
olhos –ele disse ofegante
- O quê? –
disse em um fio de voz. Não acredito que ele queria fazer um joguinho, logo agora.
- Só faz o que eu digo, por favor. –eu fechei meus olhos e senti a porta abrir atrás de mim. Alfonso virou meu corpo de forma que eu ficasse de frente pra a sala dele.
- Só faz o que eu digo, por favor. –eu fechei meus olhos e senti a porta abrir atrás de mim. Alfonso virou meu corpo de forma que eu ficasse de frente pra a sala dele.
Eu já estive muitas vezes em
seu apartamento, eu não entendi o porquê dele me fazer fechar os olhos. Ouvi
que ele trancou a porta atrás de mim e ele foi me guiando a passos lentos até
que paramos. Senti um arrepio quando senti seus lábios no meu ombro e sussurrou
ao pé do ouvido.
- Pode abrir – abri os olhos
rapidamente, pois não aguentava aquela angústia.
Me deparei com um ambiente totalmente
romântico, haviam pétalas de rosas brancas, que ele sabia que eu amava,
distribuídas pela cama e pelo carpete de madeira nobre, no quarto todo. Haviam
velas grossas e pequenas pelo quarto, deixando o ambiente com um tom obscuro e ainda
mais romântico. Fiquei maravilhada com toda aquela cena, busquei Poncho com os
olhos e o encontrei vindo da cozinha com uma garrafa de vinho. Meus olhos
estavam marejados de emoção. Tentei dizer algo, mas achei melhor demonstrar em
um beijo longo e inesperado.
- Acho que isso quer dizer que
você gostou –ele disse quando afastei
- Totalmente. Isso tudo é
lindo, Poncho, como foi que você fez tudo isso? As rosas, as velas... tem dedo
das meninas aqui né? -Eu disse indo até a cama king size dele. Ele havia
servido vinho nas taças e vinha em minha direção com uma delas. – Está querendo
me embebedar para me levar para a cama, sr. Herrera? –eu ri afetada
- Sim, teve dedo das meninas,
mas só um pouco, e não, eu não quero te embebedar porque te quero bem sóbria
para o que vamos fazer aqui hoje. –ele deu um riso malicioso e quase sombrio,
confesso que um frio correu pela minha espinha ao ver seu olhar sobre mim.
Dei mais dois grandes goles no
vinho que ele tinha passado para mim e fui em sua direção. Ele estava de costas
acendendo uma vela que tinha apagado do nada. Fui tirando delicadamente sua
camisa de dentro da calça e fui passando meus dedos pelas suas costas
delicadamente, vi quando ele tombou sua cabeça para trás, com os olhos
fechados, sentindo minhas unhas deslizarem pelo seu dorso lentamente. Ele se
virou para mim e eu o encostei no móvel atrás dele e comecei a desabotoar sua
camisa que já estava amassada. Ele apertou minhas coxas e subiu para minhas
costas, onde ele encontrou o zíper do meu vestido e me despiu rapidamente. Eu
chutei minha peça para o lado e dei espaço para que ele tirasse suas peças
também. Ele juntou nossos corpos de pronto e me guiou, de costas, até sua cama.
Ele depositou certo peso de seu corpo em cima de mim e beijou meu colo e
pescoço. Eu entrelacei minhas pernas em torno do seu tronco e o beijei
sofregamente. Tudo depois disso foi uma sucessão de prazeres que eu não sentia
há tempos e que pude perceber o quanto estava ligada a Poncho.
- Não me diga que está cansado?
–eu disse a ele, após tomar um longo gole de vinho-
Estávamos encostados um no
outro, desfrutando da segunda garrafa de vinho aberta naquela noite. Eu estava
enrolada no lençol dele, com um pouco de frio. Ele não parecia estar com o
mesmo frio que eu, pois seu lençol estava parado na sua cintura e sua perna
esquerda estava descoberta e passava por cima da minha, que estava entrelaçada
à sua outra perna, por debaixo dos lençóis.
- Só estou tentando pegar um
ar, sabe. Você é muito mais do que eu imaginava, muito mais. –eu ri-
- Então quer dizer que você
andou me imaginando, sr. Herrera –ele olhou para mim e deu um sorriso
- Que mania é essa sua de me
chamar de sr. Herrera, srta Perroni? –eu gargalhei e dei outro gole no vinho
- Eu gosto de falar seu
sobrenome, sr. Herrera, só isso. Acho lindo como soa quando falam. Mas não fuja
da minha pergunta. Você andou imaginando o quê sobre mim? –dei o ultimo gole no
vinho e o olhei nos olhos-
- Coisas que você só vai
acreditar se eu mostrar –ele se endireitou na minha frente e veio para cima de
mim, tirando a taça delicadamente dos meus dedos e a colocando no criado-mudo.
E começamos tudo outra vez.
Acordei com um som de talheres
batendo bem perto de mim, abri um dos olhos e vi a silhueta de Alfonso sentado
na beira da cama, com uma bandeja com um ramo de flores do campo e outras
coisas que eu não conseguia ver com um olho só. Eu me espreguicei e me sentei
na cama, encostando na cabeceira da cama.
- I-Isso é para mim? –eu olhei
para o suco, o frapuccino, as torradas e os queijos.
- Você está vendo outra morena
insaciável aqui nesse quarto? –eu ri sentindo minhas bochechas queimarem
- Abusei de você? –mordi meu
lábio, envergonhada
- Se você abusou de mim? Sim.
–ele pegou uma das torradas e passou geléia de blueberry que eu adoro e fez
sinal para eu abrir a boca, assim o fiz.- Se eu gostei? –eu dei uma mordida- Eu
adorei. –eu sorri ainda mastigando- Você deve estar com fome, eu fiz mais
bacon, se você quiser.
Ele se levantou e reparei que
ele tinha posto uma calça larga de moletom, mas nenhuma camisa. Aquele tanquinho
me tirava a atenção todas as vezes que ele ficava sem camisa. Eu não poderia
querer nada mais. Eu tinha ao meu lado o melhor homem do mundo. O fato dele ter
acordado antes de mim, com o cuidado de não me acordar fez com que eu amasse
ele ainda mais. Ele virou de costas, rumo à cozinha e notei as marcas
avermelhadas nas suas costas. Agradeci silenciosamente por ele não precisar
trabalhar sem camisa, como os nadadores.
- Poncho, o que você faria se
eu não tivesse aceitado seu pedido de namoro? O que faria com tudo isso?
–perguntei vestindo sua camisa da noite passada que estava jogada no chão. Pude
encontrar minha calcinha e meu sutiã também.
- Não sei, provavelmente ia
dormir com pétalas pelo meu quarto –ele respondeu se jogando na cama, juntando
algumas das pétalas. Eu observei pela gigante janela do quarto dele que dava
para ver o centro da cidade de Bluebell. Não era nada comparado à cidades como
Nova York ou então Paris, mas tinha seu charme.
O dia
estava nublado e me fazia querer ficar na cama o dia todo. Me juntei a Alfonso e
me aninhei em seus braços como uma gatinha buscando afago.
- Temos mesmo que sair daqui
hoje? O dia não está colaborando. –falei baixo, me afundando ainda mais nos
braços dele.
- Nós temos reserva às 15:00
no... bom, melhor guardar um pouco do suspense. –eu levantei meio corpo me
apoiando na cama e dei uma boa olhada naquele rosto
- Sério mesmo que você vai me
fazer ficar curiosa até chegar lá?
Franzi
o cenho não aprovando sua atitude. Em resposta, recebi um puxão que me fez desequilibrar
e cair em cima dele outra vez. Ouvi sua gargalhada grave ecoando pelo quarto e
me controlei para não rir também. Ele passou seus braços pela minha cintura e
me apertou contra seu corpo. Ele me roubou um beijo e pôs uma mecha do meu
cabelo para trás da minha orelha.
- Vai valer a pena, você vai
ver. –ele disse e eu acreditei. Meu celular começou a tocar
abafado pela bolsa e as roupas amontoadas em cima dela. Eu levantei seguindo o
som e fui até a sala. Encontrei a bolsa jogada perto da porta e peguei
rapidamente o celular e atendi.
- Alô?
- Maite? Maite! Finalmente você atendeu esse celular! –a voz quase
estridente e animada de Candice soou do outro lado da linha e eu sorri-
- Eu estava, hum...ocupada.
–balbuciei observando ao meu redor para ver se Alfonso não estava por perto.
- Me conta tu-do! Quero saber se deu certo o lance das flores e .... –ouvi
mais vozes estridentes ao fundo e deduzi que todas as meninas estavam juntas.
Claro que elas não perderiam esse momento. – Calma aí Nina, já deixo você perguntar isso...Rochi, não, espera!
- Alô Maite? Como foi? Ele é bom de cama? –ouvi Nina perguntar, mas
antes que eu pudesse pronunciar algo, outra voz interrompeu
- Mai? – escutei bem ao fundo e deduzi que era Lali- Suas tontas, por que não colocam no
viva-voz? Assim todas podemos ouvir o relatório da Mai! Agora sim! Pode falar
Mai, te ouvimos!
- Bom dia para vocês também! O
que é isso? Interrogatório? De frente com Maite? –eu disparei, notei que Alfonso não estava mais no quarto.
- A gente só quer saber se está tudo bem –explicou Rochi, serena como
sempre.
- Ok, isso também. –Candice confessou- Mas o mais importante é saber se ele é bom de cama ou não!
- Ele é...
- Quem é no telefone, amor?
–senti os braços de Poncho na minha cintura e seu queixo apoiado no meu ombro.
Meu coração disparou.
- Poncho? – ouvi Nina murmurar- Ele
chegou gente, ferrou tudo. – ouvi mais um murmurinho e logo Lali se
pronunciou
- Mai, a gente te liga mais tarde! Beijos, aproveita tudo por aí. Você
merece – e desligaram
- Mai? – Alfonso me chamou mais
uma vez. - Está me ouvindo?
- Estou sim amor, desculpa, é
que essas meninas estão loucas! Ligaram do nada e desligaram do nada também –
nós rimos e ele me beijou o ombro outra vez.
- Está quase na hora do almoço,
você quer se aventurar aqui em casa ou quer almoçar fora? –eu fui nos guiando
até o sofá, já que ele não me largava por nada.
- Me diz como vou sair para
almoçar fora se tudo o que eu tenho aqui é o vestido que usei a noite passada?
– eu notei que seu sorriso tinha um pouco de malícia e logo desconfiei.- Hei! O
que você está escondendo de mim, sr. Herrera? –eu o cutuquei e ele riu
- Só conto se você parar de me
chamar de sr. Herrera, me faz parecer um velho
- Ok, amorzinho meu, meu
sorvete de chocolate – fui subindo em cima dele distribuindo beijos pelos seus
braços, pescoço e rosto. Ele parecia estar disfrutando de tudo, pois estava
rindo muito, como eu- meu ursinho de dormir. Assim está melhor sr., ops, meu
docinho de coco? –eu gargalhava alto
- Assim está muito melhor –ele
me deu um beijo rápido e sorriu- Sobre sua roupa de hoje, as meninas podem ou
não ter tido algo a ver com isso. –eu arregalei os olhos, surpresa.
- Não acredito que elas armaram
tudo isso pelas minhas costas e eu não me dei conta! –me sentei no sofá,
fingindo indignação, mas na verdade eu estava feliz por ter amigas tão fofas
como elas.
- Candice ficou histérica
quando contei meu plano para ela –disse Poncho- Logo todas sabiam e me ligavam
toda hora no trabalho –ele deu uma risada- Sinceramente não sei como você não
descobriu. –ele passou suas pernas em torno de mim, me prendendo-
- Também não sei. Elas estão
ficando boas nisso – comentei observando a chuva fraca que caía do lado de fora
do apartamento – Bem que podíamos pedir um delivery, não? Está tão gostoso aqui
–deitei sobre seu corpo e senti seu coração bater- Que preguiçinha!
- Por mim tudo bem, contanto
que você fique comigo –senti que ele beijou o topo da minha cabeça.
Pedimos comida italiana e
depois arrumamos, bem, o Alfonso arrumou sua mochila para irmos para o tal lugar
misterioso, já que minha mala já tinha sido previamente preparada pelas minhas
amigas fofas. Enquanto Poncho escolhia suas peças que iria levar, eu juntava as
pétalas da noite anterior e colocava dentro de um vaso, salvei uma das pétalas
para levar comigo e joguei o resto fora. Juntei as velas e as coloquei em
lugares do apartamento de Poncho, de modo que ficasse harmônico. Eu não
entendia muito de design de interiores, mas alguma coisa eu aprendi enquanto
decorava minha loja e meu escritório.
Saímos por volta das 13:45,
presumi que não era em Bluebell pelo horário que Alfonso disse que tinha feito a
reserva. Minha mala estava no carro e como previ, ela era tão grande que dava
para passar mais um mês fora de casa se eu quisesse. Acho melhor assim, antes
sobrar do que faltar. Um pouco antes de chegar ao local, ele parou o carro
no acostamento e me fez usar uma venda, me fazendo prometer que eu não iria
tentar espiar.
Chegamos no local e esperei no
carro até Alfonso fazer o check-in. Eu estava muito ansiosa e confesso que por
pouco não tirei a venda para espiar. Quando tomei coragem, ouvi passos pesados
em pedras e desisti.
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